Segundo o presidente do Bahia, “o modelo atual é desigual” e “horrível”

A Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que altera os direitos de transmissão do futebol brasileiro tem gerado grande discussão no meio político, mas também entre os dirigentes de futebol. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, foi um dos presidentes a opinarem sobre a MP e comemorou a mudança.

Em sua conta no Twitter, Bellintani criticou o atual formato. “O modelo atual é desigual, é horrível”.

“Antes da MP, se dez clubes se unissem em bloco, poderiam vender 90 jogos do Brasileirão (do total de 380). Mesmo sendo 50% dos clubes, só detém menos de 25% dos jogos. Os outros jogos desses clubes desaparecem do mercado, viram pó. Clube ganha menos e o torcedor é prejudicado”, afirmou.

Ele explica que a MP beneficia os clubes, principalmente, os times que estão fora do eixo Rio-São Paulo.

“Com a MP, esses dez clubes passariam a vender 190 jogos, mais que dobrando a quantidade de jogos a serem comercializados. O produto, portanto, valerá mais, e o torcedor é diretamente beneficiado com isso”, escreveu.

O presidente tricolor ainda falou sobre os jogos em Pay-per-view e disse que é um “produto em forte declínio”.

“O Bahia já chegou a receber 20 milhões por ano, mas deve receber menos de 10 milhões em 2020. É um produto em declínio. É uma forte tendência que clubes possam criar suas próprias plataformas de streaming”, argumentou.